Introdução
Explorar os 10 picos mais altos do Brasil é embarcar em uma viagem que vai muito além do desafio físico. É atravessar cenários que variam da densa e misteriosa Floresta Amazônica, com seu clima úmido e biodiversidade única, às imponentes formações rochosas e frias da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira.
Neste guia, reunimos informações oficiais atualizadas pelo IBGE para que você conheça cada cume em detalhes: localização, altitude, nível de dificuldade, formas de acesso, necessidade ou não de guia, possibilidades de uso de GPS, além de dicas essenciais para preparar sua aventura com segurança e aproveitar cada momento.
Seja você um iniciante curioso ou um montanhista experiente, este material vai ajudar a escolher seu próximo destino e entender tudo o que envolve conquistar alguns dos pontos mais altos do território brasileiro.
1. Pico da Neblina

Altitude: 2.995 metros (ponto mais alto do Brasil).
Localização: Parque Nacional do Pico da Neblina, Amazonas (região da Serra do Imeri, na fronteira com a Venezuela).
Classificação do IBGE: Montanha mais alta do território brasileiro.
Contexto e História
O Pico da Neblina foi oficialmente medido pela primeira vez na década de 1960 por expedições militares e científicas. Localizado dentro de uma região remota e preservada da Amazônia, ele é cercado por florestas densas e terras indígenas Yanomami. O nome vem da neblina constante que encobre o cume, criando uma paisagem única e misteriosa. Essa característica climática dificulta a visibilidade e é responsável por uma das experiências mais marcantes para os montanhistas que o visitam.
O acesso é restrito devido à sua localização dentro da Terra Indígena Yanomami e do Parque Nacional do Pico da Neblina, áreas protegidas que exigem autorização prévia para visitação.
Nível de Dificuldade
Avançado — Esta é considerada a trilha mais desafiadora do Brasil.
- Distância: cerca de 40 km (ida e volta), dependendo do trajeto.
- Tempo de caminhada: de 7 a 10 dias de expedição.
- Terreno: floresta densa, terrenos alagadiços, subidas íngremes e clima instável.
Necessidade de Guia
Sim. É obrigatório contratar guias credenciados junto ao ICMBio e à Associação Yanomami. Além disso, é necessário seguir um protocolo de visitação rígido para respeitar o território indígena e a preservação ambiental.
Como Chegar
O ponto de partida mais comum é a cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM), considerada a mais indígena do Brasil, com forte presença cultural. A partir dali, desloca-se de barco e depois inicia-se a caminhada até a base da montanha. O trajeto até o cume é integralmente realizado a pé, passando por áreas de selva e subidas rochosas.
Curiosidades
- Apesar de estar na Amazônia, o clima no cume é frio e pode chegar a temperaturas próximas de 0 °C.
- Por estar dentro de uma área indígena e parque nacional, o Pico da Neblina ficou fechado para visitação por vários anos e foi reaberto apenas com regulamentação específica.
- É o único pico brasileiro próximo dos 3.000 metros de altitude.
2. Pico 31 de Março

Altitude: 2.974 metros (segundo ponto mais alto do Brasil).
Localização: Parque Nacional do Pico da Neblina, Amazonas (Serra do Imeri, fronteira Brasil–Venezuela)
Classificação do IBGE: Segunda montanha mais alta do território nacional.
Contexto e História
O Pico 31 de Março está localizado a apenas 687 metros de distância em linha reta do Pico da Neblina. Ele é, de fato, parte da mesma formação rochosa na Serra do Imeri, e muitos montanhistas aproveitam a expedição ao Pico da Neblina para conquistar os dois cumes na mesma viagem.
O nome “31 de Março” foi dado em referência à data do golpe militar de 1964, sendo posteriormente mantido mesmo após mudanças políticas no Brasil. Assim como o Pico da Neblina, ele está inserido em uma das regiões mais remotas do país, dentro de área de proteção ambiental e território indígena Yanomami.
Nível de Dificuldade
Avançado — A escalada até o Pico 31 de Março exige o mesmo preparo físico e mental que o Pico da Neblina.
- Distância e tempo: O trajeto para chegar a este cume é feito a partir do acampamento-base utilizado para o Pico da Neblina, acrescentando algumas horas extras de caminhada.
- Terreno: Mata densa, inclinações acentuadas e presença de rochas escorregadias.
Necessidade de Guia
Sim. A visita só é possível dentro de expedições autorizadas pelo ICMBio e com acompanhamento de guias Yanomami credenciados. O controle é rigoroso para preservar o ecossistema e respeitar a cultura local.
Como Chegar
A logística é idêntica à do Pico da Neblina: chegada a São Gabriel da Cachoeira, deslocamento de barco pelos rios da região e início da caminhada pela floresta amazônica até o acampamento-base. A partir dali, segue-se por trilha íngreme até o cume.
Curiosidades
- A vista do cume abrange uma imensidão verde da floresta amazônica, sendo possível avistar, em dias claros, áreas da Venezuela.
- Por estar tão próximo ao Pico da Neblina, muitas vezes o Pico 31 de Março é “esquecido” nos rankings turísticos, mas para montanhistas é um marco importante conquistar os dois pontos mais altos do país na mesma jornada.
- A proximidade geográfica faz com que a vegetação e o clima sejam praticamente idênticos ao do Pico da Neblina, com neblina constante e clima úmido.
3. Pico da Bandeira

Altitude: 2.892 metros.
Localização: Parque Nacional do Caparaó – divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo.
Classificação do IBGE: Terceiro ponto mais alto do Brasil e o mais alto de fácil acesso para visitantes.
Contexto e História
O Pico da Bandeira recebeu esse nome em 1859, quando o imperador Dom Pedro II ordenou que fosse hasteada uma bandeira do Império no topo, após saber que o local era o ponto mais alto conhecido no Brasil na época. Com o avanço das medições geográficas, descobriu-se que ele ocupava o terceiro lugar em altitude, mas sua fama e importância histórica permanecem.
O Parque Nacional do Caparaó foi criado em 1961 para proteger essa e outras montanhas da Serra do Caparaó, além de suas nascentes e ecossistemas de Mata Atlântica e campos de altitude.
Nível de Dificuldade
Intermediário — Apesar de ser uma das montanhas mais altas, o Pico da Bandeira é conhecido por sua acessibilidade comparada a outros picos brasileiros.
- Trilhas: Há duas rotas principais — Tronqueira (MG) e Casa Queimada (ES).
- Duração: Entre 6 e 8 horas ida e volta, dependendo da rota e do preparo físico.
- Terreno: Bem marcado e sinalizado, alternando entre estradas de terra, trechos de mata e campos de altitude.
Necessidade de Guia
Não é obrigatória para visitantes experientes, mas altamente recomendada para iniciantes ou para quem pretende subir durante a madrugada para ver o nascer do sol — um dos grandes atrativos.
Como Chegar
O acesso se dá principalmente pelas cidades de Alto Caparaó (MG) e Dores do Rio Preto (ES).
- Pelo lado mineiro: entrada pela portaria da Tronqueira, de onde veículos podem chegar até o acampamento Tronqueira.
- Pelo lado capixaba: entrada por Pedra Menina, com acesso à portaria de Casa Queimada.
Atividades e Estrutura
- Camping estruturado em áreas específicas.
- Observação astronômica devido à baixa poluição luminosa.
- Banhos de cachoeira no entorno.
- Subida noturna para assistir ao nascer do sol, um dos mais famosos do país.
Curiosidades
- É um dos poucos picos brasileiros onde é possível fazer uma subida de madrugada com segurança e trilha bem demarcada.
- A temperatura no cume pode ficar abaixo de zero mesmo no verão.
- A vista alcança cidades de Minas Gerais, Espírito Santo e, em dias muito claros, até o litoral capixaba.
4. Pico do Calçado

Altitude: 2.849 metros.
Localização: Parque Nacional do Caparaó – Espírito Santo.
Classificação do IBGE: Quarto ponto mais alto do Brasil, localizado a poucos quilômetros do Pico da Bandeira.
Contexto e História
O Pico do Calçado fica na Serra do Caparaó e é menos famoso que o vizinho Pico da Bandeira, mas igualmente impressionante. O nome vem do formato peculiar do topo, que lembra um sapato (ou calçado).
Historicamente, foi explorado junto com a região durante as primeiras expedições de reconhecimento geográfico do século XIX, e integra o conjunto de montanhas preservadas pelo Parque Nacional do Caparaó.
Nível de Dificuldade
Intermediário a Avançado — A trilha é mais exigente que a do Pico da Bandeira, principalmente pela inclinação e pelo terreno pedregoso na parte final.
- Distância média: 9 a 12 km, dependendo do ponto de partida.
- Tempo de subida: 5 a 7 horas (ida e volta).
- Terreno: Trechos íngremes e irregulares, exigindo boa preparação física.
Necessidade de Guia
Não é obrigatória para quem já possui experiência em trekking de montanha, mas é recomendada, principalmente para quem não conhece a área. Como é uma trilha menos frequentada, a orientação de um guia pode aumentar a segurança.
Como Chegar
O acesso é feito pelas mesmas portarias do Parque Nacional do Caparaó — Tronqueira (MG) ou Casa Queimada (ES). O Pico do Calçado fica relativamente próximo ao Pico da Bandeira, e muitas pessoas optam por fazer os dois picos no mesmo dia, dependendo do preparo físico.
Atividades e Estrutura
- Caminhada de alta montanha, com visual panorâmico de 360°.
- Possibilidade de observação de fauna e flora típicas dos campos de altitude.
- Integra roteiros de travessias na Serra do Caparaó.
Curiosidades
- O Pico do Calçado é frequentemente visitado logo após o Pico da Bandeira, como uma “extensão” da trilha.
- Por estar em área preservada, acampamento só é permitido nas zonas específicas do parque.
- A vista inclui outras montanhas do parque e, em dias claros, partes do litoral do Espírito Santo.
5. Pico Pedra da Mina

Altitude: 2.798 metros.
Localização: Serra da Mantiqueira – divisa entre São Paulo e Minas Gerais.
Classificação do IBGE: Quinto ponto mais alto do Brasil e o mais alto da Serra da Mantiqueira.
Contexto e História
O Pico Pedra da Mina é um dos destinos mais desafiadores e emblemáticos para montanhistas no Brasil. Seu nome vem de um antigo garimpo na região, mas hoje a área está protegida e integra a APA Serra da Mantiqueira.
Durante muito tempo, o pico não era tão conhecido quanto outros da lista, até ser oficialmente medido pelo IBGE e confirmado como um dos mais altos do país.
Nível de Dificuldade
Avançado — Uma das trilhas mais exigentes do Brasil.
- Distância média: 18 a 22 km (dependendo do acesso).
- Tempo de subida: de 2 a 3 dias, geralmente como parte da Travessia da Serra Fina.
- Terreno: Acidentado, com longas subidas e descidas, altitude elevada e pouca disponibilidade de água.
Necessidade de Guia
Altamente recomendada para quem não tem experiência prévia em trekking de alta montanha ou navegação com GPS. A Serra Fina é conhecida pela dificuldade de orientação e condições climáticas instáveis.
Como Chegar
Os acessos mais comuns são pelas cidades de Passa Quatro (MG) e Queluz (SP). Para quem vai fazer a travessia completa, o trajeto inclui outros picos importantes, como o Cupim de Boi e o Pico dos Três Estados.
Atividades e Estrutura
- Trekking de alto nível técnico.
- Acampamento selvagem em pontos estratégicos.
- Contemplação de um dos visuais mais grandiosos da Serra da Mantiqueira, com mar de morros e outros picos ao redor.
6. Pico das Agulhas Negras

Altitude: 2.791 metros.
Localização: Parque Nacional de Itatiaia – divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Classificação do IBGE: Sexto ponto mais alto do Brasil e o mais famoso da Serra da Mantiqueira.
Contexto e História
O Pico das Agulhas Negras é um ícone do montanhismo nacional. Seu nome vem das formações rochosas pontiagudas que lembram agulhas, especialmente quando vistas de longe. Foi um dos primeiros picos brasileiros a ser escalado tecnicamente, no início do século XX, e até hoje é referência para escaladores e trekkers.
Localizado no Parque Nacional de Itatiaia (o primeiro parque nacional do Brasil, criado em 1937), o pico é um patrimônio natural e histórico, sendo um dos destinos mais procurados por amantes da montanha.
Nível de Dificuldade
Intermediário a Avançado — Existem rotas que podem ser feitas por trilheiros experientes e outras que exigem técnicas de escalada.
- Distância média: 12 km (ida e volta) até o cume, partindo da portaria Alta do Parque.
- Tempo de subida: 6 a 8 horas, dependendo do ritmo e da rota.
- Terreno: Predominantemente rochoso, com trechos de escalaminhada (uso das mãos para progredir).
Necessidade de Guia
Não é obrigatória para roteiros mais fáceis, mas fortemente recomendada para segurança e aproveitamento máximo, principalmente se optar pelas rotas técnicas.
Como Chegar
O acesso é feito pela Portaria Alta do Parque Nacional de Itatiaia, no município de Itamonte (MG). É possível chegar de carro até o Posto Marcão, de onde inicia a caminhada.
Atividades e Estrutura
- Trekking e escalada esportiva.
- Fotografia e observação da fauna e flora.
- Estrutura de apoio no parque: estacionamento, banheiros, áreas de camping e centro de visitantes.
7. Pico do Cristal

Altitude: 2.769 metros.
Localização: Parque Nacional do Caparaó – Minas Gerais.
Classificação do IBGE: Sétimo ponto mais alto do Brasil, localizado na mesma cadeia montanhosa que o Pico da Bandeira e o Pico do Calçado.
Contexto e História
O Pico do Cristal recebe esse nome pela presença de rochas com cristais de quartzo que refletem a luz do sol, criando um brilho característico. Apesar de ser vizinho famoso do Pico da Bandeira, é muito menos visitado, tornando-se uma opção ideal para quem busca mais tranquilidade e contato direto com a natureza.
Por estar em uma área de preservação integral, é protegido por regras rigorosas do ICMBio, o que garante a conservação de sua flora e fauna.
Nível de Dificuldade
Intermediário a Avançado — O acesso ao Pico do Cristal não é tão direto quanto ao da Bandeira. É preciso fazer um percurso de travessia pela crista da serra, exigindo bom preparo físico e atenção à navegação.
- Distância média: Cerca de 4 km (ida) a partir da bifurcação da trilha do Pico da Bandeira.
- Tempo médio de subida: 3 a 4 horas (ida e volta) a partir da bifurcação, sem contar o tempo até chegar nela.
- Terreno: Trechos de subida íngreme e campos de altitude, com alguns pontos de escalaminhada.
Necessidade de Guia
Não obrigatória para montanhistas experientes, mas recomendada para quem não conhece a região, já que a sinalização é menos evidente.
Como Chegar
O acesso mais comum é pelo mesmo caminho usado para subir ao Pico da Bandeira, partindo da Portaria Tronqueira (lado mineiro). De lá, sobe-se até o Terreirão e depois até a bifurcação que leva ao Cristal.
Atividades e Estrutura
- Observação panorâmica de todo o maciço do Caparaó.
- Fotografia da paisagem e das formações rochosas únicas.
- Possibilidade de incluir no roteiro a subida ao Pico da Bandeira, tornando a aventura ainda mais completa.
8. Monte Roraima

Altitude: 2.734 metros.
Localização: Região da tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.
Classificação do IBGE: Oitavo ponto mais alto do Brasil, sendo um dos lugares mais icônicos e únicos do mundo devido à sua formação geológica.
Contexto e História
O Monte Roraima é um tepui — uma formação rochosa em forma de mesa — com origem datada de aproximadamente 2 bilhões de anos, tornando-o uma das formações mais antigas do planeta. Ele inspirou histórias e obras literárias, como O Mundo Perdido, de Arthur Conan Doyle.
O lado brasileiro corresponde a cerca de 5% da área total, enquanto a maior parte fica na Venezuela. O monte está localizado dentro do Parque Nacional do Monte Roraima, criado para preservar sua rica biodiversidade e características geológicas únicas.
Antes da construção de rotas mais acessíveis, o acesso era restrito a indígenas e exploradores. Até hoje, é considerado um destino místico e sagrado para povos originários da região, como os Pemón e os Macuxi.
Nível de Dificuldade
Avançado — O trekking até o topo do Monte Roraima exige resistência física e mental.
- Duração média: 6 a 8 dias (ida e volta) pelo lado venezuelano — único acesso oficial.
- Terreno: Subidas íngremes, travessia de rios e terreno pedregoso no platô.
- Altitude: A adaptação ao ar rarefeito é necessária, pois a subida é gradual, mas contínua.
Necessidade de Guia
Obrigatória — As regras do Parque Nacional Canaima (Venezuela) exigem que a expedição seja acompanhada por guias credenciados. Mesmo para brasileiros que entram pela Venezuela, a contratação é feita na cidade de Santa Elena de Uairén.
Como Chegar
O acesso mais comum é via Boa Vista (RR) até Santa Elena de Uairén (Venezuela). De lá, segue-se de veículo até Paraitepuy, onde a caminhada começa.
Atividades e Estrutura
- Observação de espécies endêmicas e raras, como plantas carnívoras únicas da região.
- Exploração das formações rochosas e piscinas naturais no topo.
- Registro fotográfico das paisagens dramáticas e vistas impressionantes para os três países.
9. Morro do Couto

Altitude: 2.680 metros.
Localização: Parque Nacional do Itatiaia – RJ.
Classificação do IBGE: Nono ponto mais alto do Brasil e segundo mais alto dentro do Parque Nacional do Itatiaia.
Contexto e História
O Morro do Couto é uma das montanhas mais acessíveis da Serra da Mantiqueira e, apesar de sua altitude elevada, oferece uma das caminhadas de cume mais tranquilas entre os picos acima de 2.600 m no Brasil. Recebe esse nome em homenagem ao engenheiro militar Theodoro Fernandes Sampaio Couto, ligado ao desenvolvimento da região.
O cume proporciona uma das melhores vistas para o Maciço das Agulhas Negras e outras formações do parque, além de panoramas que incluem o Vale do Paraíba e, em dias claros, até parte do litoral fluminense.
Nível de Dificuldade
Iniciante a Intermediário — Pode ser percorrido por quem já tem alguma experiência em caminhadas, mas também é indicado para iniciantes com bom condicionamento físico.
- Duração média: 1h30 a 2h (ida e volta) saindo da portaria Alta do Parque Nacional do Itatiaia.
- Terreno: Trilhas bem marcadas, trechos de laje de pedra e pequena escalaminhada no final.
Necessidade de Guia
Não é obrigatória, pois a trilha é bem demarcada, mas recomendada para iniciantes ou quem deseja explorar outras rotas interligadas no parque.
Como Chegar
Acesso pela parte alta do Parque Nacional do Itatiaia, entrada por Itamonte (MG). A estrada é asfaltada até a portaria e, de lá, segue-se por estrada pavimentada até o início da trilha.
Atividades e Estrutura
- Vista privilegiada para o Pico das Agulhas Negras.
- Trilhas interligadas, permitindo incluir o Morro do Couto como parte de um roteiro maior.
- Estrutura do parque com estacionamento, centro de visitantes, banheiros e área de apoio.
10. Pedra do Sino de Itatiaia

Altitude: 2.670 metros.
Localização: Parque Nacional do Itatiaia – RJ.
Classificação do IBGE: Décimo ponto mais alto do Brasil, localizado na Serra da Mantiqueira.
Contexto e História
A Pedra do Sino de Itatiaia é uma formação rochosa imponente, conhecida por seu formato que lembra um sino e por oferecer uma das vistas mais panorâmicas de todo o Parque Nacional do Itatiaia. Além de seu valor natural, o local guarda importância histórica como parte das primeiras expedições e estudos geográficos realizados na região.
Seu cume proporciona visão para o Vale do Paraíba, Maciço das Agulhas Negras e outras elevações da Serra da Mantiqueira, sendo um ponto privilegiado para contemplar o nascer e o pôr do sol acima das nuvens.
Nível de Dificuldade
Intermediário — Requer bom condicionamento físico, pois a trilha é longa e com desníveis consideráveis.
- Distância média: 10 km (ida e volta).
- Tempo médio: 4 a 6 horas de caminhada, dependendo do ritmo e das paradas.
- Terreno: Caminho por lajes de pedra, trechos de mata e áreas expostas ao vento.
Necessidade de Guia
Não é obrigatória para visitantes experientes, mas altamente recomendada para quem não conhece a região, principalmente devido à possibilidade de neblina e mudanças climáticas repentinas.
Como Chegar
A trilha tem início na parte alta do Parque Nacional do Itatiaia, com acesso pela cidade de Itamonte (MG). É necessário pagar ingresso e seguir até o ponto de partida autorizado para a caminhada.
Atividades e Estrutura
- Mirante natural para observação de montanhas e vales.
- Ideal para fotografia de paisagem e observação de aves.
- Estrutura do parque com estacionamento, centro de visitantes e banheiros.
- Possibilidade de incluir no roteiro junto com outras montanhas próximas, como o Morro do Couto.
⚠️ Alerta e Cuidados Essenciais Antes de Encarar uma Trilha ou Ascensão
Explorar as montanhas mais altas do Brasil é uma experiência única, mas exige responsabilidade e planejamento. Antes de se aventurar, leve em consideração:
- Contratação de guia experiente: Fundamental para quem não tem experiência prévia ou não conhece a região. Guias locais conhecem o terreno, as rotas seguras e os riscos.
- Condições climáticas: Sempre verifique a previsão do tempo antes da subida. Neblina, chuvas e ventos fortes podem tornar o percurso perigoso.
- Equipamentos adequados: Calçados apropriados, roupas de proteção contra frio e chuva, lanterna, mapa ou GPS, kit de primeiros socorros e alimentação leve e nutritiva.
- Respeito aos limites físicos: Não subestime a altitude ou a extensão da trilha. Avance no seu ritmo, faça pausas e mantenha-se hidratado.
- Comunicação: Avise familiares ou amigos sobre o seu itinerário e horário estimado de retorno.
- Preservação ambiental: Siga as regras do parque, leve todo o lixo de volta e respeite a fauna e flora locais.
Seja em uma caminhada curta ou na escalada de um pico de mais de 2.000 metros, a segurança deve sempre vir em primeiro lugar. Uma boa preparação transforma a aventura em uma memória inesquecível e não em um risco desnecessário.
📚 Fontes e Referências
As informações apresentadas neste conteúdo foram coletadas a partir de fontes oficiais e confiáveis, garantindo precisão e segurança para o leitor. Entre elas:
- IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – Dados oficiais de altimetria e localização dos picos mais altos do Brasil.
- ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) – Informações sobre unidades de conservação, regras de acesso e preservação ambiental.
- Ministério do Turismo – Diretrizes de visitação, dicas de segurança e informações sobre atrativos turísticos.
- Sites oficiais dos Parques Nacionais e Estaduais onde cada pico está localizado, com dados sobre trilhas, infraestrutura e exigências para visitação.
Este artigo foi elaborado com base em informações atualizadas, buscando oferecer ao leitor um conteúdo confiável, útil e inspirador para planejar sua próxima aventura.
Conclusão
Explorar os 10 picos mais altos do Brasil é muito mais do que subir montanhas: é conectar-se com biomas únicos, histórias locais e diferentes níveis de desafio. Do ambiente úmido e remoto da Serra do Imeri às cristas frias da Mantiqueira e de Itatiaia, cada cume pede planejamento, respeito às regras de visitação e cuidado com a sua segurança.
Próximos passos recomendados:
- Escolha um pico compatível com seu nível atual (iniciante, intermediário ou avançado).
- Verifique calendário, regras e reservas nas unidades do ICMBio/parques estaduais.
- Monte um checklist (equipamentos, roupas para frio/chuva, navegação, água/alimentação, primeiros socorros).
- Considere contratar um guia se você não conhece a região ou vai encarar rotas técnicas/longas.
- Monitore a previsão do tempo e tenha plano B.
- Pratique ética ambiental (Leave No Trace): leve seu lixo de volta e respeite fauna, flora e culturas locais.
Quer continuar se preparando?
👉 Leia também: Guia de Equipamentos Essenciais, Kit de Primeiros Socorros para Trilhas e Viagens, Ética Ambiental na Vida ao Ar Livre e Trilha x Travessia: como escolher. Esses conteúdos vão deixar sua próxima subida mais segura, prazerosa e consciente.
Boa aventura — e nos vemos no alto!